domingo, 31 de julho de 2011

Frio ou Calor? O que devo e quando devo usar?

Saudações a todos!

Bem, fiquei alguns dias fora, mas agora estou de volta e com força total!

Desculpem-me por todos estes dias sem postar nada!

Mas é o seguinte, durante essas férias de 10 dias que tirei (rs) algumas pessoas vieram me fazer perguntas referentes a que tipo de recurso deveria recorrer em caso de dores, luxações, pancadas, etc...., e me pediram para que eu postasse algo relacionado a esse tema que a anos deixa a todos com  muitas dúvidas e que na maioria das vezes devido a falta de informações corretas, utilizam de maneira equivocada tanto a crioterapia (gelo) quanto a termoterapia (calor).

Antigamente, quando se falava de luxações ou entorses, nossos avós e até mesmo nossos pais vinham com aquela antiga história de : "Coloca o pé no balde com água quente e sal que vai melhorar rapidinho!", aí que o inchaço piorava mesmo e vinha a outra famosa frase: "Então deve ter quebrado!", (rs), mas na realidade este conceito não é verdadeiro, então explicarei alguns fatores cientificamente comprovados:

Calor (Termoterapia)





Efeitos Terapêuticos do Calor:

1. Alivia a dor.

2. Aumenta a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos.

3. Diminui a rigidez das articulações.

4. Melhora o espasmo muscular.

5. Melhora a circulação.

A aplicação do calor, promove alteração das propriedades físicas dos tecidos que compõem os tendões, cápsulas articulares e cicatrizes, melhorando suas respostas ao alongamento.

Contra-indicações

Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, em áreas onde haja tumores, sobre os testículos, sobre o abdome de gestantes ou em áreas do corpo de pessoas inconscientes.

Uso de calor nos casos de traumatismo porque aumenta o edema.

Técnica de Tratamento

O tratamento domiciliar pelo calor deve ocorrer na freqüência de 1 a 3 vezes ao dia, durante 20 a 25 minutos, usando bolsas quentes nos locais a serem tratados.



Frio (Crioterapia)







Efeitos Terapêuticos do Frio:

1. Diminui o espasmo muscular.

2. Alivia a dor.

3. Nos traumatismos (entorses, contusões, distensões musculares, etc.), previne o edema e diminui as reações inflamatórias.

Para se ter um efeito mais efetivo, o resfriamento deve ser aplicado imediatamente após o trauma, antes que o edema esteja formado.

Técnica de Tratamento


O tratamento pelo uso do frio deve ser feito com bolsas geladas durante 20 a 25 minutos, no local da dor, 1 a 3 vezes ao dia.

Contra-indicação


O uso do frio é contra-indicado nos casos de artrite porque aumenta a rigidez articular. Nestes casos é preferível usar calor.


sábado, 2 de julho de 2011

Como Respirar Corretamente?

Observe um recém nascido respirando: Quando o ar entra nos pulmões a barriga cresce, quando o ar sai a barriga murcha, em um ritmo só, de vai e vem, demonstrando que está sendo usado o diafragma, que é o músculo próprio para empurrar o ar para dentro ou para fora. E assim ter uma respiração adequada.

Infelizmente o homem vai perdendo a capacidade de respirar corretamente, devido ao estresse, medos, insegurança, tensão e emoções em geral, baseado na pressão que ele armou (consciente ou inconscientemente) para sua própria vida. Com isso, vai tendo respirações cada vez mais curtas, chegando a colocar no seu pulmão a quantidade mínima necessária do ar, atrofiando a capacidade do próprio pulmão. 

Isso pode ser comprovado facilmente: Experimente fazer respirações lentas e profundas, enchendo o pulmão ao máximo de ar (inspirando), prendendo o ar por metade deste tempo (retendo) e soltando o ar ao máximo (expirando) no mesmo tempo em que inspirou. Exemplo: Inspirando por 4 segundos, retendo por 2 segundos (metade do tempo da inspiração) e expirando por 4 segundos. 

Faça 10 vezes lentamente, lembrando de encher e esvaziar ao máximo. Se sentir tontura, escurecimento de vista ou qualquer outra reação anormal é porque o seu pulmão e o corpo perderam a capacidade de receber o oxigênio, isto porque respira rápido e superficialmente. 

Então, se não tomar providências cabíveis estará criando doenças em breve.

Para reverter o quadro é só praticar estes exercícios 1 a 2 vezes ao dia.
 
Em repouso, a cavidade do tórax pode ser expandida de várias maneiras:

A caixa torácica pode ser impulsionada para fora (respiração torácica ou do peito);

Os ombros podem ser levados para cima (respiração clavicular ou do ombro);

O assoalho muscular da cavidade peitoral pode ser impulsionado para baixo (respiração diafragmática ou da barriga).

Usamos combinações diferentes dessas técnicas de respiração mas, apenas uma é eficiente: a respiração diafragmática.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Qual a Postura Ideal Durante os Exercícios Físicos?

Há alguns dias um amigo pediu que eu falasse um pouco sobre como se posicionar durante os exercícios na academia. Então fiz uma pesquisa e encontrei algumas coisas, espero que gostem!

ABDOMINAIS



Com os pés apoiados no chão, os joelhos flexionados e as mãos apoiadas na cabeça eleve o tronco. Olhe sempre para cima, sem forçar os pescoços com as mãos.
BÍCEPS


Durante o exercício, o tronco deve manter-se imóvel, alinhado com o quadril, os pés e o joelho. É importante que ele não seja flexionado para trás.


BICICLETA



Regule a altura do banco para que os joelhos fiquem um pouco flexionados. Durante o exercício, os joelhos não podem ficar hiperestendidos.


COSTAS

 


Com os cotovelos próximos ao corpo, deve-se manter o tronco imóvel, sem flexioná-lo para trás.


GLUTEOS


Apóie os antebraços mantendo costas, cabeça e quadril alinhados. O apoio não deve ser feito com as mãos.

OMBROS



Ao elevar o braço, ombro, cotovelos e punhos devem manter-se alinhados. O movimento deve ser feito sem ultrapassar a altura dos ombros. Cotovelos e joelhos devem manter-se levemente flexionados.

 

PEITORAL


A abertura máxima do exercício deve obedecer ao alinhamento com os ombros, sem nunca descer os braços além desse limite.

PERNAS 1



Durante o exercício, o tronco não pode ser projetado para frente, fazendo com que o joelho da perna dianteira ultrapasse a pontas do pé.


PERNAS 2

 


Mantenha os dois pés paralelos alinhados com o quadril. Durante o exercício jogue o quadril para trás, sem que os joelhos ultrapassem as pontas dos pés.


PERNAS 3

 


Para executar o movimento correto, é necessário manter uma postura onde a ponta do pé, o joelho e o quadril estejam alinhados durante todo o movimento.

 

TRÍCEPS



Sentado, apóie os pés no pedal e mantenha o abdome contraído, para que a lombar fique bem apoiada no encosto do banco. Estabilize os cotovelos próximos à cabeça durante o exercício.



Fonte: http://www.terra.com.br

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Qual o Travesseiro Ideal?

Travesseiro alto, baixo, macio, de plumas...variados e diferentes, escolha o tipo ideal para você. 




OBS.: Qunado se pensa exclusivamente em sono, a altura é mais importante do que a matéria-prima.

 
A fita métrica deve ser usada antes de se ir comprá-lo. Para quem dorme de lado, e esta é a posição ideal, a altura da peça tem que ser igual à distância entre o pescoço e a parte externa do braço.


Ortopédico
Vantagens: por possuir as bordas mais elevadas que o centro, mantém a cabeça na altura certa e acompanha o perfil do pescoço.


Desvantagens: não pode ser lavado e pode deformar com o tempo. E não pode ser virado.

Espuma com molas
Vantagens: macio e confortável, ele deforma bem menos que os de espuma comum.

Desvantagens: não é lavável e deforma com o tempo. A deformação das molas conforme o movimento da cabeça gera ruídos.




Espuma compacta (poliuretano)





Vantagens: segundo especialistas, é o mais indicado, pois a altura quase não varia durante a noite. Como o peso sobre ele é pouco, dura bastante.

Desvantagens: não pode ser lavado, além de ser pouco macio.




Ervas


Vantagens: pode melhorar a qualidade do sono, alecrim, por exemplo, amenizaria dores de cabeça, camomila seria tranqüilizante,  macela combateria a insônia.

Desvantagens: podem provocar alergias, não oferecem sustentação correta à coluna cervical, as ervas se movem para as laterais do travesseiro e deixam a cabeça em má posição durante o sono .



Flocos de espuma
Vantagens: o espaço entre os pedacinhos de espuma deixa o travesseiro bem macio.

Desvantagens: como os flocos de espuma são soltos, eles deslocam-se para as extremidades da fronha durante a noite.



Pena de ganso
Vantagens: é extremamente macio e leve, além de não deformar com facilidade.

Desvantagens: assim como o de flocos de espuma, as penas se deslocam para as extremidades, deixando buraco no centro do travesseiro. Não é lavável.


Látex com furos




Vantagens: é lavável, macio e indeformável. Tem durabilidade de até cinco anos. Os furinhos permitem a passagem do ar.

Desvantagens: é pesado, além disso, sua maciez excessiva faz com que a cabeça fique muito baixa.


Travesseiro Visco-Elástico(Nasa)


Vantagens: Os travesseiros produzidos com tecnologia N.A.P, Natural Active Pillow, de material 100% visco-elástico de alta densidade, são capazes de moldar-se aos contornos exatos da cabeça e da coluna cervical na região do pescoço, proporcionando o apoio ideal e garantindo a posição correta ao dormir. São compostos por uma espuma termo-sensível, com a capacidade de dissipar o calor do corpo, anti-pressão com retorno lento, e tratamento bactericida evitando a proliferação de ácaros, fungos e bactérias, melhorando assim a sensação de conforto e bem-estar.


Dicas:
Teste um modelo para saber se é o mais apropriado. “Pague o mico”, deite-se e apóie a cabeça no travesseiro, em último caso, encoste o travesseiro na parede e pressione a cabeça.

É importante a altura do travesseiro para garantir a sustentação do pescoço e o conforto recomendado para uma noite de sono restauradora.

Os altos ou muito baixos comprimem os músculos do pescoço e conseqüentemente as veias e as artérias da área, prejudicando a circulação. Aí os efeitos são sentidos logo ao acordar: torcicolo, adormecimento na nuca e dores nos ombros.”

Depois da escolha correta, é importante manter o travesseiro limpo para conservá-lo por mais tempo e evitar os ácaros. Banhos de sol semanalmente, banho de água e sabão a cada seis meses (para os modelos laváveis) e trocar as fronhas pelo menos duas vezes por semana, são algumas dicas para deixá-lo impecável.



sexta-feira, 17 de junho de 2011

Escoliose e Seu Tratamento Com a RPG

A escoliose é uma deformação morfológica da coluna vertebral nos três planos do espaço (Souchard e Ollier, 2001). Assim, a coluna realmente se torce, não somente para os lados, mas para frente e para trás e em volta do seu próprio eixo. Essa torção em maiores graus determina a gravidade da escoliose e a forma de ser tratada.

Escoliose consiste num desvio da coluna vertebral, permanente, na direção lateral e rotatória, seja no plano frontal e no plano horizontal. 
Esses desvios da coluna provocam alterações do tórax e da bacia. 
Nos casos mais graves, a escoliose determina um deformidade bastante antiestética, com o aparecimento de uma saliência costal, chamada gibosidade, o que confere ao paciente um aspecto conhecido vulgarmente de "corcunda". 

O tratamento das escolioses baseia-se, dentre outros fatores, na idade, na flexibilidade, na gravidade da curva e na sua etiologia, compreendendo a correção das deformidades, com tratamento conservador, que inclui fisioterapia e utilização de coletes, ou o tratamento cirúrgico (Tribastone, 2001). 

Na opção de tratamento conservador a fisioterapia utiliza-se dos benefícios da R.P.G. ou Reeducação Postural Global, como método que corrige ou minimiza a escoliose através da identificação da causa do problema.
Souchard realizando sessão de RPG
Este tipo de tratamento está reservado para os pacientes que possuem uma deformidade leve, como uma curva flexível de desvio inferior a 40º, sem grande problema estético.

Antes de começar o tratamento com a RPG deve-se fazer uma avaliação da atitude ou postura de um indivíduo colocando-se este de pé, atrás de um prumo, que serve de ponto de referência a fim de verificar-se se sua atitude ou postura é normal, quando examinado de frente, de costas ou de perfil.  

Antes e Depois da RPG
O tratamento com a RPG é um dos processos pelos quais a técnica visa reabilitar todo o sistema muscular, readquirir uma postura adequada e  movimentos naturais da infância, que exigem o mínimo de esforço muscular.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Atlas Interativo de Anatomia Humana - Netter



Tanto o livro como o CD interativo traz ilustrações com detalhes de ossos, músculos e outras estruturas com a nova nomenclatura anatômica, em vigor desde o ano passado, a qual modificou o nome de muitos segmentos corpóreos. Na nova nomenclatura, a rótula teve seu nome alterado para patela e o cotovelo para cúbito, sendo estes alguns exemplos do conteúdo da obra, que é de grande importância para consulta e atualização de todos os profissionais da saúde.


Tamanho: 61,4 MB
Idioma: Português
Formato: Rar|Exe
Número de Partes: 1
Testado: Sim

Sistema: Windows 98|ME|XP|2000  


SAPO - Software para Avaliação Postural

O que é o SAPO

    O SAPO, Software para Avaliação Postural, em desenvolvimento, é um programa de computador gratuito para avaliação postural com banco de dados e fundamentação científica com integral acesso pela internet.
   
   A avaliação postural é uma ferramenta fundamental no diagnóstico do alinhamento dos segmentos corporais de um indivíduo e é amplamente utilizada pelos profissionais de saúde, constituindo-se como um passo inicial e de acompanhamento para a avaliação e tratamento fisioterapêutico e prescrição de atividade física.

    A forma mais objetiva e fidedigna de avaliação postural consiste no registro de fotografias do corpo inteiro do indivíduo em diferentes planos e posturas e então análise da posição relativa de referências anatômicas dos segmentos corporais por um profissional capacitado. Questões típicas quantificadas pela avaliação postural estão relacionadas à simetria da posição relativa dos segmentos corporais e ângulos articulares comparados a um padrão de referência.

   Com o SAPO são digitalizadas posições de certos pontos em fotografias (espacialmente calibradas) do sujeito sob avaliação; estes pontos tipicamente correspondem a referências anatômicas sobre o corpo do sujeito. A partir dos pontos digitalizados, o SAPO fornece automaticamente uma série de medidas relevantes para avaliaçào postural. Também é possível medir distâncias e ângulos livremente.

   No entanto, o SAPO não pretende substituir exames, como por exemplo, raio-x ou análise dinâmica da marcha. O SAPO pode ser utilizado por um profissional habilitado como uma ferramenta auxiliar na avaliação do indivíduo.

domingo, 12 de junho de 2011

Mais Dicas Posturais

Posturas certas

 

Evitando tensão na coluna vertebral

 

Carregando objetos:
  • Evite curvar-se, principalmente com as pernas esticadas
  • Não carregue muito peso
  • Não levante nem tente alcançar objetos ultrapassando o nível dos seus ombros







Atividades diárias / Caminhando:
  • Não fique muito tempo em uma única posição
  • Não se curve promovendo tensão nos membros inferiores
  • Não caminhe inclinando-se para a frente
  • Evite sapatos muito altos e desconfortáveis





Ao sentar-se / Dirigindo:
  • Não sente-se sem apoiar as costas
  • Não dirija com os joelhos muito desnivelados em relação aos quadris e afastado dos pedais
 



Dormindo:
  • Evite colchões muito macios e travesseiros excessivamente altos ou baixos
  • Não deite de barriga para baixo
  • Evite deitar-se sobre o dorso sem dobrar e/ou apoiar os joelhos
 



Posturas erradas 

 

Carregando objetos:

  • Evite curvar-se, principalmente com as pernas esticadas
  • Não carregue muito peso
  • Não levante nem tente alcançar objetos ultrapassando o nível dos seus ombros
 


 Atividades diárias / Caminhando:

  • Não fique muito tempo em uma única posição
  • Não se curve promovendo tensão nos membros inferiores
  • Não caminhe inclinando-se para a frente
  • Evite sapatos muito altos e desconfortáveis
 


Ao sentar-se / Dirigindo:
  • Não sente-se sem apoiar as costas
  • Não dirija com os joelhos muito desnivelados em relação aos quadris e afastado dos pedais
 


Dormindo:
  • Evite colchões muito macios e travesseiros excessivamente altos ou baixos
  • Não deite de barriga para baixo
  • Evite deitar-se sobre o dorso sem dobrar e/ou apoiar os joelhos





Vejam também as postagens sobre dicas posturais:

Dicas de Posturas 

Dicas de Posturas 2

Relação ATM x Problemas Posturais

 Saudações a todos!

Bem, quando falo com meus pacientes sobre a relação da Articulação Têmporo Mandibular (ATM) e Coluna Vertebral todos ficam surpresos, então para explicar melhor esta relação consegui um material muito interessante sobre o assunto, é um material mais voltado para os profissionais da área de saúde por utilizar muitos termos técnicos, porém irei colocar aqui um resumo mais simplificado e deixarei um link ao final desta postagem para download de um artigo para aqueles que quiserem mais informações sobre o assunto.

Espero que gostem!

Resumo:

A coluna cervical é um dos segmentos mais móveis da coluna vertebral.


     Ela é submetida a um grande número de agressões e pressões como o peso da cabeça, trabalho dos membros superiores, posturas de trabalho/atividades de vida diária, além de aspectos emocionais, como o estresse. 

 
     Sofre, também, influência do sistema estomatognático (sistema composto por ossos, dentes, articulação temporomandibular, músculos, sistema vascular e nervoso e espaços vazios) e dos ossos do crânio sendo por isso, uma região que merece atenção de uma equipe multidisciplinar. 

       Nem somente o fisioterapeuta pode tratar a coluna cervical sem correlacionar com a articulação temporo-mandibular, assim como o dentista deve, também, saber que uma alteração nesta região pode levar a alterações não somente da cervical, mas na postura globalmente.

Esse  é o link para o download do artigo completo: http://www.4shared.com/document/tOs46_m1/Revista_ATO-Estreita_Relacao_e.html


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Síndrome do Piriforme, Voce Sabe o Que é?


Se você sente dor na região glútea (nádega), quadril, lombar, membro inferior e também formigamento ou dormência, que podem irradiar em direção à perna do lado acometido, dê uma lida nesta matéria.

As lesões esportivas são comuns e específicas de acordo com a natureza do esporte. No caso da corrida, o toque repetido do pé no solo transfere as forças mecânicas dos membros inferiores até a coluna. E se algo não está harmônico neste "caminho das forças", as lesões podem aparecer com mais freqüência.
Quando falamos em lesões pensamos logo nas que são causadas pelo esporte ou atividade física praticada. Porém, existem lesões que são decorrentes de nossas atividades do dia-a-dia ou as que são provocadas pela junção de maus hábitos posturais mais o esporte.
É o caso da Síndrome do Piriforme, que é uma patologia que pode acontecer por associação de fatores presentes no nosso dia-a-dia e na prática esportiva.

O QUE É?

A Síndrome do Piriforme é uma irritação do nervo ciático provocada pelo aumento da tensão ou espasmo do músculo piriforme.
O piriforme é um músculo pequeno e profundo, localizado na nádega, sob os glúteos e tem como função a rotação externa da coxa, que é quando o joelho "olha" para fora, além de auxiliar na abdução (abertura da coxa). Sua localização vai do sacro (porção final da coluna) até o fêmur (osso da coxa). O nervo ciático passa debaixo deste músculo, mas em algumas pessoas (10%) ele passa através dele, o que aumenta a predisposição para a síndrome. Se o músculo se tensionar pode haver compressão do nervo ciático o que causa dor, com irradiação para a perna.
Alguns estudos relatam predominância maior de casos em mulheres numa proporção de 6:1.

O QUE CAUSA?

A causa mais comum é a tensão e encurtamento do músculo piriforme. Porém tensão e encurtamento da musculatura próxima a ele (coluna, nádega e quadril) também geram tensão neste músculo, predispondo à compressão do nervo ciático.
É comum em esportes que requerem corrida, mudança de direção ou descarga de peso excessiva. Os seguintes fatores podem também favorecer o aparecimento da síndrome: corrida em terrenos duros ou irregulares, subir escadas, atividades que exijam muito agachamento e uso de calçados inapropriados para o tipo de pisada ou gastos demais.
No caso de pronação excessiva, o membro inferior sofre uma rotação excessiva, o que sobrecarrega a tíbia, joelho, quadril e coluna. Por isso é importante a utilização de calçados adequados para o tipo de pisada.
Quem anda e principalmente corre com a ponta do pé muito aberta, para fora (tipo dez para as duas) tem mais chances de tensionar o piriforme, pois fica o tempo todo estimulando o músculo na sua função, que é rodar a coxa para fora juntamente com o pé quando o joelho está esticado.
O aumento rápido na intensidade ou duração dos treinos pode contribuir para o aparecimento da síndrome por sobrecarga do piriforme. Traumas diretos podem provocar edema na região do piriforme ou causar uma tensão e conseqüente compressão e irritação do nervo ciático.
Um desequilíbrio muscular entre os rotadores internos e externos do quadril, como no caso de rotadores externos mais fortes que os internos, contribuem para encurtar o piriforme, além de desequilíbrios da pelve. Os distúrbios na biomecânica dos membros inferiores e coluna, incluindo distúrbios na marcha, vícios (maus hábitos) e alterações posturais também podem causar a síndrome.
Manter a postura sentada por longos períodos, principalmente com a coxa em rotação externa (como ao dirigir) diminui o aporte sanguíneo para a região do músculo e altera a fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos à ele também) e provoca encurtamento.
Como esta é uma patologia causada por um aumento na tensão do músculo (ou espasmo), a falta de alongamento irá contribuir para que a musculatura envolvida se tensione ainda mais e piore os sintomas.

SINTOMAS

As queixas incluem dor que pode acontecer em alguns locais como: na região glútea (nádega), quadril, lombar, membro inferior e também formigamento ou dormência, que podem irradiar em direção à perna do lado acometido.
A dor pode ser reproduzida na rotação externa do quadril resistida, que é quando tentamos impedir o movimento de afastar os joelhos, ou seja, o joelho vai para fora e o pé para dentro, como ao cruzar uma perna sobre a outra. Ou quando se força o movimento contrário (rotação interna), isto é, quando forçamos o movimento de levar o joelho para dentro e o pé para fora.
Numa avaliação postural, o membro inferior acometido pode apresentar uma rotação externa maior que o não acometido (com o joelho esticado o pé roda para fora e sentado, o joelho "olha" para fora).

MEDIDAS A SEREM TOMADAS

Procurar um médico para que o diagnóstico seja estabelecido, descartando a possibilidade de outras patologias que têm sintomas parecidos com a Síndrome do Piriforme é a primeira atitude a ser tomada. Deve ser feito um exame físico detalhado para descartar a possibilidade de hérnia discal, problemas associados à compressão nervosa na região lombar (estreitamentos de forames), artroses ou patologias da região sacro-ilíaca.
Como é uma condição patológica que não se comprova em exames de imagem, o diagnóstico é estabelecido com base no exame físico e nos sintomas, o que pode acarretar em erro no diagnóstico e dificuldade no tratamento, ao se focar em coluna quando o problema está na região do quadril.
Depois de confirmado o diagnóstico, podem ser prescrito medicamentos para auxiliar no alívio da dor e relaxar a musculatura. Pode ser orientado repouso relativo (parar corrida ou qualquer outra atividade física por um tempo) ou apenas a redução no ritmo da corrida. Porém é importante a realização da fisioterapia, onde será orientado um programa de exercícios para equilibrar a musculatura, além de técnicas diversas para alívio dos sintomas, de acordo com cada quadro apresentado. Com isso, a prática esportiva acontecerá sem riscos de retorno dos sintomas.

TRATAMENTO

O tratamento tem como objetivos a redução da dor, melhora da flexibilidade e força e diminuição da tensão do músculo piriforme e dos músculos próximos à região, através de técnicas de massagem. Poderão ser utilizados aparelhos como ultra-som e TENS para o alívio da dor e formigamento/dormência e deve ser orientado um programa de alongamentos e fortalecimentos para que o retorno ao ritmo de corrida seja seguro e com boa performance.
A utilização de ultra-som e massagem são técnicas efetivas para remover metabólitos e tecido cicatricial (evita fibrose), além de acelerar a resolução da lesão.
A aplicação de gelo deverá ser feita para diminuir a dor, pois o gelo tem efeito analgésico e antiinflamatório. Pode ser feito da seguinte forma: coloque várias pedras de gelo num saco plástico e amarre. Coloque este saco dentro de um tecido fino e úmido e coloque na região glútea, mantendo por 20 minutos. Repetir 3 vezes por dia e não tomar banho logo após a aplicação, para não interromper o efeito do gelo.
Os exercícios devem ser iniciados assim que houver algum alívio da dor, de acordo com o quadro apresentado pelo paciente. Os alongamentos devem ser feitos no início de forma leve e os fortalecimentos devem ser introduzidos gradualmente.
Todos os músculos envolvidos, além do piriforme, devem ser alongados e fortalecidos para que funcionem em harmonia sem causar nenhum transtorno ao atleta no futuro.
O retorno ao esporte deve ser um processo gradual. O tempo de retorno dependerá da extensão da lesão e do nível de atividade praticada.

Segue uma seleçao de exercicios, ao qual ajuda no tratamento da dor. É importante salientar que estes exercícios não devem ser utilizados como forma de tratamento, e sim apenas como auxiliares.


EXERCÍCIOS

1 - Alongamento Piriforme: Deitar em decúbito dorsal com os joelhos dobrados. Manter o pé da perna sã apoiado no chão e cruzar a perna lesionada sobre ela. Segurar a coxa da perna sã, puxando o joelho de encontro ao peito até sentir alongar as nádegas e, possivelmente, todo o lado externo do quadril do lado lesionado. Manter por 30 segundos e repetir 3 vezes.


2 - Alongamento Em Pé da Musculatura Isquiotibial: Começar colocando o calcanhar da perna lesionada sobreum banco de, aproximadamente, 40 cm de altura. Inclinar o tronco para frente e flexionar o quadril até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa. Colocar as mãos nos pés, ou tornozelo caso não os alcance. Manter os ombros e as costas eretos. Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir o exercício 3 vezes.



3 - Enriste Pélvico: Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão. Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão. Manter a posição por 5 segundos e relaxar. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.



4 - Enrolamento Parcial: Deitar sobre as costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão. Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelospara cima. Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os músculos abdominais. Manter essa posição por 3 segundos. Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes. Progressivamente, fazer 3 séries. Desafie-se colocando as mãos atrás da cabeça com os cotovelos para fora.



5 - Extensão do Quadril de Bruços: De bruços e com as costas sempre retas, contrair uma nádega contra a outra e, ao mesmo tempo, suspender a perna lesionada, uns 10 cm do solo. Manter a perna elevada por 5 segundos e, então, abaixá-la. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.